Demandas relacionadas a unidades prisionais da Capital e de Bayeux são discutidas na CGJ

Demandas relacionadas ao Sistema Penitenciário da Paraíba foram debatidas em duas reuniões realizadas na Corregedoria Geral de Justiça nessa segunda-feira (19). A primeira delas buscou discutir o andamento de reformas e melhorias para a Penitenciária Flóscolo da Nóbrega (Presídio do Róger) na Capital. Na sequência, foram trataram medidas para enfrentar a superlotação e garantir a segurança da Cadeia Pública de Bayeux, após a rebelião ocorrida ao final do mês de julho naquela unidade prisional.

Reunião debateu reformas no Presídio do Róger

De acordo com o juiz corregedor Carlos Neves, um procedimento administrativo foi instaurado em 2013 para interdição do Presídio Flóscolo da Nóbrega, que, à época, possuía em torno de 1.500 presos. No entanto, diante de mudanças em relação ao quadro da unidade prisional, que passou a acolher apenas presos provisórios (o que ocasionou diminuição do número de presos), houve o entendimento de que o local precisava apenas de reforma para readequação de espaços, com construção de pavilhão e de ambulatório.

Carlos Neves expôs que existe, ainda, uma Ação Civil Pública com sentença, determinando providências em relação ao presídio. “A CGJ marcou esta reunião justamente para discutir encaminhamentos necessários ao cumprimento da decisão judicial, a fim de que a reforma se concretize e o processo seja finalizado”, acrescentou.

Já em relação à Cadeia Pública de Bayeux, foi relatado na reunião que, no dia 20 de julho, detentos integrantes de facções rivais iniciaram um motim e chegaram a queimar colchões nas celas. Ao menos quatro presos ficaram feridos levemente pelo fogo, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária.

Presentes discutem medidas de segurança para a Cadeia de Bayeux

A reunião objetivou deliberar sobre medidas necessárias ao distensionamento no local, que compreenderam transferência de presos, limitação da lotação, orientação a ser expedida aos juízes, solicitação de mutirão carcerário via Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF), entre outras.

Ao encerrar a reunião, o corregedor-geral de Justiça, desembargador Carlos Beltrão, ressaltou que situações excepcionais só são vencidas de forma coletiva. “Agradeço pela presença e disponibilidade de todos para a construção das soluções aqui colocadas”, finalizou.

Estiveram presentes a juíza das Execuções Penais da Capital, Andrea Arcoverde; o promotor de Tutela Coletiva do Sistema Prisional e Direitos Humanos, Ricardo José de Medeiros; o secretário de Estado de Administração Penitenciária (Seap), João Alves; o gerente Executivo do Sistema Penitenciário (Gesipe), Ronaldo da Silva Porfírio; o diretor da Penitenciária Flósculo da Nóbrega, Edilson Alves de Sousa; o diretor técnico da Suplan, Luís Rabelo, e os membros da Procuradoria Jurídica Evandro José e Juliana Toscano; as defensoras públicas Waldelita Rodrigues e Iara Bonazzoli; a assessora Milena de Araújo; o membro da Pastoral Carcerária de Alagoa Grande, padre Bosco e os membros do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Germany Coutinho e Suellyton de Lima.

Por Gabriela Parente

Orientação, correções e reconhecimentos são pontuados nas reuniões da CGJ com as Varas de Bayeux

Reunião com equipe da 5ª Vara Mista de Bayeux

Foco em despachos que levem o processo ao fim. Esta é apenas uma entre as tantas orientações feitas nessa terça (11) e quarta-feira (12) na Comarca de Bayeux, durante reuniões técnicas promovidas pela Corregedoria Geral de Justiça com os membros de cada uma das cinco unidades judiciárias e da Diretoria do Fórum. Conteúdos específicos atinentes à especialidade das varas também foram esmiuçados na ocasião.

Ao iniciar os diálogos, o juiz corregedor Carlos Neves, coordenador da correição, explicou que um trabalho de aproximação vem sendo estimulado pela atual gestão da CGJ. “O corregedor-geral de Justiça, desembargador Carlos Beltrão, entende que essa proximidade é importante. Trazemos aqui nossas constatações, correções, quando necessárias, e esclarecimentos. Enquanto Corregedoria, nos colocamos à disposição para qualquer dificuldade nas unidades judiciárias”, afirmou.

Além de aspectos técnicos relacionados ao PJe e a sistemas diversos operados pelos magistrados e servidores, os juízes corregedores apontaram os diagnósticos positivos encontrados em cada unidade.

Reunião na 3ª Vara Mista de Bayeux

“É importante trazermos, também, o reconhecimento a toda a equipe pelo que vem dando certo. Uma boa gestão fica evidente nos números, que revelam a busca pela entrega de uma boa jurisdição”, ressaltou a juíza Aparecida Gadelha.

Ao final dos encontros, muitos juízes avaliaram positivamente as orientações apresentadas, como expôs o magistrado Francisco Antunes. “Agradecemos pelas explicações e ficamos felizes com os esclarecimentos trazidos pela Corregedoria”, declarou o diretor do Fórum.

Já o juiz Euler Jansen (titular da 3ª Vara) estendeu o agradecimento aos servidores daquela unidade. “Aqui, temos uma equipe unida, competente, com um diálogo diário. É fácil ser juiz com a metodologia de trabalho que estabelecemos em que todos colaboram com os resultados”, disse.

Por Gabriela Parente

Corregedoria visita Creas, Cras, Caps, Conselho Tutelar e Casa de Acolhimento do Município de Bayeux

Juízes dialogam com funcionários do Creas de Bayeux

Para fortalecer o diálogo e o trabalho articulado, os juízes corregedores Carlos Neves e Aparecida Gadelha realizaram visitas aos seguintes equipamentos do Município de Bayeux, cujos serviços funcionam interligados ao Poder Judiciário: Casa de Acolhimento, Conselho Tutelar, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e Centro de Atenção Psicossocial (Caps II). Na ocasião, foram verificadas as dificuldades existentes, a estrutura física e de pessoal, as demandas e fluxos de atuação, entre outros aspectos.

“Não estamos aqui para fiscalizar ou penalizar, mas principalmente para ouvir vocês. Queremos conhecer as atividades e as dificuldades e, na medida do possível, intervirmos para auxiliar com a melhoria do serviço prestado”, afirmou o juiz Carlos Neves.

Na mesma linha, a juíza Aparecida Gadelha completou: “Nosso papel é de aproximação. Somos ponte de interlocução para levarmos aos colegas juízes a necessidade de algum ajuste que, porventura, precise ser feito”.

No Creas, a coordenadora Cristiane Silva relatou que, atualmente, 13 adolescentes infratores cumprem medida socioeducativa em meio aberto, e pontuou dificuldades relacionadas à segurança, que também foram apontadas pela diretora da Proteção Social Básica dos Cras de Bayeux, Edna Ferreira.

Já no Conselho Tutelar, os conselheiros das unidades I e II foram ouvidos e, ao final, a presidente Alexandra Cézar da Silva agradeceu pela troca estabelecida: “Somos gratos por esta visita e pela confiança depositada no Conselho. A Corregedoria é sempre muito bem-vinda”, disse.

No Caps, os juízes enfatizaram a relevância do serviço. “Vimos aqui um fluxo eficiente. É muito importante que os membros do Judiciário conheçam de perto as atribuições de cada serviço para que os devidos encaminhamentos sejam feitos”, analisou a juíza Aparecida Gadelha.

Casa de Acolhimento de Bayeux

Casa de Acolhimento – Na Casa de Acolhimento do Município, a Corregedoria verificou que as condições de habitação e de acomodação são inadequadas e insalubres e que a equipe técnica está incompleta, não havendo psicólogo e assistente social para atender os 15 acolhidos que se encontram no local, entre crianças e adolescentes.

Os achados estão de acordo com o relatório apresentado pela 2ª Vara da Comarca à Corregedoria, que descreve a falta de estrutura do prédio e aponta a existência de camas quebradas, colchões estragados, banheiros danificados, infiltrações, esgoto, mofo, mato, presença de insetos, buracos no chão, bem como ausência de atividades pedagógicas, esportivas ou de lazer.

Segundo a coordenadora da Casa, Bruna da Silva Delfino, existe uma previsão de mudança de prédio, mas ainda não foi encontrado um imóvel.

As demandas apresentadas à CGJ durante as visitas serão detalhadas nos relatórios da Correição de Bayeux para que providências sejam tomadas e cobradas das autoridades responsáveis.

Por Gabriela Parente

GMF e Corregedoria realizam inspeção conjunta na Cadeia Pública de Bayeux

GMF e CGJ inspecionam Cadeia em Bayeux

Membros do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF) e da Corregedoria Geral de Justiça (CGJ) do TJPB realizaram mais uma inspeção conjunta, desta vez, na Cadeia Pública de Bayeux. O local conta, atualmente, com 125 presos, dos quais 64 são provisórios e 61, condenados. Um total de 94 pessoas cumpre pena no regime semiaberto.

Durante o trabalho, os magistrados presentes verificaram junto à Direção do presídio aspectos diversos relacionados ao funcionamento da Cadeia, como alimentação, segurança, assistências jurídica, educacional, à saúde, entre outros.

A unidade possui, atualmente, 25 alunos matriculados no EJA, conforme informou o diretor Orlanildo Gomes, bem como projeto para remição da pena por meio da leitura. Já a assistência médica é promovida por meio de parceria com o Município.

O supervisor do GMF, desembargador Joás de Brito Pereira Filho, destacou a superlotação carcerária observada na unidade prisional e afirmou que medidas serão estudadas para buscar acelerar os processos dos presos.

“O GMF e a Corregedoria, agora, vão estudar a possibilidade de realizar um mutirão carcerário na unidade para verificar a situação processual desses presos e se alguns já alcançaram direito à progressão do regime”, adiantou.

Para o corregedor-geral de Justiça, desembargador Carlos Beltrão, a ação conjunta tem fornecido resultados positivos, sobretudo pela presença dos órgãos nas unidades prisionais. “Vemos o funcionamento das cadeias e o que precisa ser corrigido. Nossa preocupação é auxiliar também a Secretaria neste trabalho, então, unimos forças para providenciarmos o cuidado necessário em prol do Sistema prisional do Estado”, pontuou.

Já o secretário-executivo de Administração Penitenciária do Estado, João Paulo Barros, enalteceu a possibilidade de uma construção conjunta de soluções para os problemas constatados. “É relevante essa interação entre os Poderes para que possamos atingir nossos objetivos comuns, que são a execução da pena e a reintegração social”, disse.

Também estiveram presentes os juízes corregedores Carlos Neves e Antônio Carneiro, e a gerente do GMF, Cármen Fonseca.

Por Gabriela Parente

Corregedor reforça importância do trabalho em equipe na abertura da correição na Comarca de Bayeux

Carlos Beltrão fala sobre trabalho em equipe

A Corregedoria Geral de Justiça da Paraíba iniciou, nesta segunda-feira (3), a Correição Geral Ordinária na Comarca de Bayeux (3ª entrância) – terceira comarca a recepcionar, este ano, os trabalhos in loco realizados pela CGJ, voltados ao aprimoramento das rotinas e da prestação jurisdicional. Em audiência pública realizada no Fórum Juiz Inácio Machado de Souza, o corregedor-geral de Justiça, desembargador Carlos Beltrão, destacou a importância do trabalho em equipe.

“Que saibamos abrir as portas, com respeito e delicadeza, para aqueles que precisam da Justiça. E que possamos cumprir a nossa missão com competência, espírito de equipe e humanização. Serão dias de união e de trocas de experiências. Não tenham dúvidas de que a nossa permanência aqui durante as próximas semanas também será de aprendizagem”, afirmou.

Juiz Carlos Neves coordena trabalhos

O coordenador da correição, juiz corregedor Carlos Neves, explicou a dinâmica correcional a ser realizada no foro judicial e no extrajudicial até o dia 14 de junho. E acrescentou: “Hoje, tudo é gestão e temos ferramentas para otimizá-la. Mais do que cobrar resultados, estamos aqui para colaborar com o aprimoramento e para estarmos próximos das unidades e dos serviços da Comarca, contribuindo com suas atuações”.

Os objetivos da correição também foram reiterados pelo juiz corregedor Antônio Carneiro. “Nosso foco é orientar, manter contatos, discutir sobre nossas angústias e alegrias no cotidiano de trabalho, apontar caminhos e estratégias de gestão, destacar a importância do trabalho humanizado e respeitoso, fortalecendo, assim, todo o sistema de Justiça”, asseverou.

As boas-vindas à Corregedoria foram proferidas pelo diretor do Fórum, juiz Francisco Antunes. “Sabemos que a Corregedoria está aqui para orientar e corrigir erros, quando for o caso, mas, principalmente, para nos apresentar novos procedimentos e ideias exitosas. Estamos felizes em recebê-los e à disposição para o que for necessário”, disse.

Também compuseram a mesa do evento os magistrados Euler Jansen, Bruno Azevedo e Gilberto de Medeiros, que atuam na Comarca de Bayeux.

Por Gabriela Parente

Corregedoria vai realizar correição na Comarca de Bayeux no período de 3 a 14 de junho

Serão iniciados nesta segunda-feira (3) os trabalhos da Correição Geral Ordinária que será realizada pela Corregedoria Geral de Justiça do TJPB na Comarca de Bayeux (3ª entrância), até o dia 14 de junho, na modalidade presencial. Conforme o Edital nº 03/2024, publicado no Diário da Justiça eletrônico (DJe) do dia 7 de maio de 2024, a audiência pública de abertura ocorrerá às 9h30, no Fórum Juiz Inácio Machado de Souza.

Nesta terça-feira (28), os integrantes da CGJ realizaram reunião preparatória para discutir aspectos das atividades que ocorrerão na Comarca, divisão das equipes, cronograma, visitas previstas, provimentos, entre outros assuntos. A correição alcançará seis unidades judiciárias (cinco Varas Mistas e um Juizado Especial) e três cartórios extrajudiciais.

O corregedor-geral de Justiça, desembargador Carlos Beltrão, ressaltou que se tata de mais uma importante Comarca da Região metropolitana da Capital a ser contemplada. “Estamos chegando em Bayeux, após correições nas Comarcas de Cabedelo e Santa Rita, para mais um ciclo de orientação e aproximação com os trabalhos e serviços locais”, afirmou.

Foram convidados para o ato de abertura autoridades locais diversas, como o chefe do Poder Executivo Municipal, os representantes legislativos, membros do Ministério Público Estadual e da Defensoria Pública do Estado, Advogados, além dos jurisdicionados interessados. Os juízes e juízas titulares, servidores judiciais, titulares das serventias extrajudiciais e seus funcionários também participam do evento.

Por Gabriela Parente

CGJ inspeciona Cadeia Pública de Bayeux e conclui trabalho em todas as unidades prisionais do Estado

A Corregedoria Geral de Justiça da Paraíba concluiu as inspeções nas 65 unidades prisionais ativas do Estado, bem como nas desativadas. Na tarde dessa terça-feira (13), a Cadeia Pública da Comarca de Bayeux recebeu a visita do corregedor-geral de Justiça, desembargador Fred Coutinho, e da juíza corregedora, Aparecida Gadelha, encerrando, assim, a primeira etapa do trabalho.

O próximo passo é a elaboração e a entrega de um relatório ao Governo no Estado, com um diagnóstico pormenorizado e propostas de melhorias para o Sistema Carcerário.

De acordo com a juíza corregedora Aparecida Gadelha, o documento a ser entregue abordará aspectos diversos, chamando a atenção para os pontos mais críticos observados. A alimentação, a remição de pena e o tratamento relacionado à saúde dos presos são alguns deles.

“Não há padronização quanto à alimentação (cardápio, quantidade e entrega). Os projetos de remição são feitos conforme o interesse e a dedicação dos magistrados e das direções dos presídios/cadeias, não existindo uma política uniforme neste sentido”, exemplificou a magistrada.

O corregedor-geral de Justiça, desembargador Fred Coutinho, disse ter visto uma evolução no sistema prisional ao longo dos últimos anos, embora ainda haja muito a ser melhorado. Também ressaltou a importância dos diálogos realizados in loco.

“O contato pessoal é muito importante neste processo. Vimos as estruturas e conversamos tanto com os policiais penais, quanto com apenados, ouvindo as reivindicações. A partir disso, será possível alicerçar o projeto de um futuro melhor”, avaliou.

A entrega do relatório da CGJ será feita após o período eleitoral, a fim de que haja uma discussão conjunta entre autoridades do Judiciário e do Executivo em torno de avanços para o Sistema Carcerário do Estado, que possui, hoje, cerca de 12 mil presos, dos quais, em média, oito mil se encontram no regime fechado.

Por Gabriela Parente