Dos cerca de 20 processos envolvendo ações do banco Itaú-Unibanco, que estavam na pauta do mutirão,17 acordos foram realizados entre as parte no primeiro dia de esforço concentrado. O mutirão teve início na tarde desta segunda-feira (09),no hall de entrada do Fórum Cível “Desembargador Mário Moacyr Porto, da Capital, e busca acordo em 91 processos até o final do esforço.
O mutirão é uma iniciativa do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tribunal de Justiça da Paraíba(TJPB), em parceria com a instituição bancária, com o objetivo de obter acordos em processos passíveis de conciliação.
O Juiz Bruno Azevedo, explicou que esses acordos envolvem casos de dívidas com cartões, negativação e empréstimos.”Os acordos são homologados pelos próprios juízes onde a os processos estão tramitando”, ressaltou o juiz-membro do Núcleo.
Além dos alunos do curso de Direito do Instituto de Educação Superior (IESP),as audiências de conciliação, contam, ainda, com a participação dos advogados das pessoas que moveram a ação e da instituição financeira.
Um dos beneficiados com o mutirão, Antônio José, foi também um dos primeiros a fazer acordo. Ele disse ser de grande importância essa ação empreendida pelo Tribunal de Justiça em promover esses mutirões, “por que resolve os problemas de muitas pessoas, de forma rápida e sem burocracia”.
Já a senhora Maria Lúcia, que também fez acordo na tarde de hoje, revelou que tinha um problema de negativação com o Itaú-Unibanco e que, em uma única audiência realizada, o caso foi resolvido. A beneficiária também fez elogios à ação do Tribunal.
Iniciativa – O juiz adjunto do Núcleo de Conciliação do TJPB, Bruno Azevedo,enfatizou que “os mutirões”são uma importante iniciativa do tribunal por que divulga e populariza outros caminhos de acesso à justiça, mostrando a população que os seus problemas podem ser solucionados por meio da conciliação, mediação e negociação.
O magistrado ressaltou ainda que a iniciativa tem conseguido descongestionar a pauta do Poder Judiciário paraibano.
Já com relação a participação de alunos de Direito, Bruno Azevedo informou que a experiência tem um caráter pedagógico e acadêmico de extrema importância, pois os estudantes já vão legando para outras gerações jurídicas outras formas de solução de conflitos. “Estamos criando um ambiente para uma mudança cultural, a de que o judiciário não é o único caminho para a solução dos problemas”, concluiu.
Gecom/TJPB – Clélia Toscano