Acompanhar as inovações tecnológicas sem esquecer a história do Poder Judiciário paraibano. Essa é a tônica de um dos principais projetos do corregedor-geral da Justiça, desembargador Nilo Luis Ramalho Vieira. O magistrado, com sua equipe de juízes-auxiliares e servidores, já trabalham para criar um memorial com os processos históricos que revelam fatos marcantes do nosso Estado. Para isso, segundo Nilo Ramalho, será preciso a participação da comunidade, historiadores, estudiosos servidores do TJPB e de todos os juízes que possam contribuir para o “museu do processo”.
“Infelizmente, nós temos uma tradição de perdermos o vínculo com o passado. O modernismo prioriza o futuro. Com a virtualização dos processos, que é uma obra de futuro, os cadernos processuais fatalmente vão desaparecer”. Ele afirmou que existem processos redigidos a mão e alguns deles estão ligados a história da Paraíba, seja nas parte criminal, cível ou na escrivania extrajudicial.
Nilo Ramalho adiantou que já levou a idéia para o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Abraham Lincoln da Cunha Ramos. Por outro lado, será redigido um expediente e encaminhado a todos os juízes, para que seja feito um levantamento nas comarcas a respeito de possíveis processos que, de alguma forma, possam contar a trajetória da Justiça paraibana e sua ligação com a nossa história.
Para o corregedor, é fundamental que os moradores mais antigos dos 223 municípios paraibanos tenham interesse em participar deste projeto. “Queremos disponibilizar para consulta pública processos importantes, a exemplo do da morte de João Pessoa e do assassinato de Margarida Maria Alves. Mas, queremos, também, descobrir casos que envolvam cidadãos comuns, desde de que tenham algum elo com a nossa história”, ressaltou Nilo Ramalho
120 anos – No dia 15 de outubro o Tribunal de Justiça da Paraíba completa 120 anos de existência. “Para a história, ao meu sentir, é importante saber quais os julgadores que deram início a essa brilhante trajetória do nosso Judiciário. Como eles trabalham? Como eles decidiam? Hoje, temos o computador, enquanto eles tinham máquinas rudimentares. Um trabalho feito há 120 anos é pura história”, destacou Nilo Ramalho.
Gerência de Comunicação Social