A educação voltada às pessoas privadas de liberdade foi tema da reunião realizada nesta terça-feira (3) entre integrantes da Corregedoria Geral de Justiça do TJPB e da Secretaria de Estado da Educação (SEE-PB). Conduzida pelo corregedor-geral de Justiça, desembargador Carlos Beltrão, a tratativa buscou uma atuação conjunta direcionada a estruturar as salas de aula dentro das unidades prisionais e fortalecer os projetos de remição da pena pela leitura.
Na ocasião, o juiz corregedor Carlos Neves afirmou que muitas cadeias do Estado não dispõem de espaços adequados para a realização das atividades educacionais, sendo esta uma reivindicação recorrente, visto que muitas aulas ocorrem nos pátios.
O magistrado também discorreu sobre a importância do fortalecimento dos projetos de leitura para os reeducandos e da participação da Secretaria na formação das comissões responsáveis pelo acompanhamento deste trabalho. “A educação é ferramenta fundamental para a ressocialização e expandir a leitura é expandir o conhecimento”, disse o juiz Carlos Neves.
O secretário de Estado da Educação, Wilson Filho, apresentou os avanços e projetos em curso relacionados à Política de Educação no contexto prisional da Paraíba e se comprometeu a buscar as medidas necessárias para implementação dos projetos, mediante soluções dialogadas, tanto com o Judiciário, quanto com as Secretarias de Administração Penitenciária (SEAP) e de Infraestrutura.
“Os estudantes privados de liberdade também precisam, pela educação, reconstruir seus caminhos. Aqui, recebemos sugestões para avançarmos em relação à política educacional dentro das unidades prisionais. Contem com nosso esforço para melhorarmos o que pudermos”, enfatizou o secretário.
Também participaram da reunião a juíza corregedora Aparecida Gadelha; a gerente executiva de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação para as Pessoas Privadas de Liberdade, Célia Varela Bezerra; a gerente operacional de Educação para Pessoas Privadas de Liberdade, Eliane Aquino e a assessora jurídica Sabrina Karla de Souza Gomes.
Por Gabriela Parente