CGJ-PB inicia, em Rio Tinto, ações da ‘Semana Nacional de Registro Civil – Registre-se!’

Des. Carlos Beltrão abre evento

O salão do Júri do Fórum da Comarca de Rio Tinto foi palco da abertura da 2ª edição da ‘Semana Nacional do Registro Civil – Registre-se!’, que teve início nesta segunda-feira (13) e seguirá até o dia 17 de maio. A Semana é uma ação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e tem como objetivo erradicar o sub-registro civil de nascimento, ampliando o acesso à documentação civil básica a todos os brasileiros. Na Paraíba, o evento tem à frente a Corregedoria Geral de Justiça (CGJ-PB) e, na abertura, contou com a presença do corregedor geral da Justiça Estadual, desembargador Carlos Martins Beltrão Filho.

O juiz corregedor Antônio Carneiro de Paiva Júnior afirmou que na 1ª edição do ‘Registre-se’ o plano de ação deu ênfase ao trabalho com as comunidades de pessoas em situação de rua e, neste ano, além dessa população vulnerável, populações indígenas e carcerárias são alvo da Campanha. “Na Paraíba, as comunidades indígenas das comarcas de Rio Tinto e Conde serão assistidas durante toda a Semana e, na Capital, o Registre-se! vai acontecer no Espaço Cultural”, pontuou.

Juiz Antônio Carneiro destaca importância da ação

Para o juiz Corregedor, oferecer ao indígena a oportunidade de ver em seu registro de nascimento a identificação do nome com a respectiva etnia à qual pertence é um motivo de alegria para a equipe de trabalho. “Nas ocasiões de retificação do registro, emissão, regularização em filhos de nascimento, teremos a oportunidade de inserir no nome do indígena, a sua etnia, que era um pedido recorrente e, agora, o CNJ disciplinou que os cartórios podem realizar essa alteração”, comentou.

Ele ainda informou que, durante a Semana, o Grupo de Trabalho vai visitar todos os presídios regionais, de João Pessoa, Campina Grande e Sousa. “Nossa expectativa é superar os números da 1ª edição do ‘Registre-se!’, aproximando, cada vez mais, o Poder Judiciário da Sociedade Civil”, salientou o juiz Antônio Carneiro.

O juiz titular da Vara Única da Comarca, Judson Kildere Nascimento, destacou que a finalidade do Evento é ampliar o acesso ao registro civil, com enfoque para as populações indígenas e carcerárias. “A Comarca de Rio Tinto foi a sede da abertura do Evento, pois atende majoritariamente a população indígena. Hoje, 32 aldeias da nação Potiguara participaram da ação, reforçando nosso compromisso com o acesso à documentação civil para todos os setores da sociedade”, destacou.

O magistrado ressaltou, ainda, a importância de divulgar o CadÚnico. “Durante o evento, em conjunto com os municípios de Baía da Traição, Marcação e Rio Tinto, atenderemos a população que precisa se registrar no Cadastro Único (CadÚnico). Dessa forma, a Comarca contribuirá para o desenvolvimento da população, promovendo um bem-estar social pleno”, lembrou o juiz Judson Kildere.

A solenidade contou, também, com a presença de várias autoridades, dentre elas: as prefeitas de Rio Tinto, Magna Celi Gerbase e de Marcação, Eliselma Silva e o prefeito de Baía da Traição, Euclides Sérgio Lima; além do secretário estadual de Desenvolvimento Humano, Eduardo Brunello e de representantes da Fiscalização Extrajudicial da CGJ-PB, da Associação dos Notários e Registradores do Estado, da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais da Paraíba, defensoria pública do Estado, o cacique geral do Povo Potiguara e outras autoridades.

Por Maria Luiza Bittencourt (estagiária/ GECOM)

Cidadania: Cerca de 700 famílias de baixa renda do Município de Rio Tinto receberão escritura dos imóveis onde moram

Cerca de 700 famílias de baixa renda do Município de Rio Tinto serão beneficiadas com a regularização fundiária, recebendo as escrituras dos imóveis em que residem, de forma gratuita. A medida está sendo viabilizada por meio do Termo de cooperação assinado nesta sexta-feira (1º) pela Corregedoria Geral de Justiça da Paraíba, Companhia Estadual de Habitação Popular (Cehap), Tabelionato de Notas e de Protesto de Títulos e Ofício de Registro de Imóveis, de Títulos e Documentos e Civis das Pessoas Jurídicas de Rio Tinto e Associação dos Notários e Registradores do Estado da Paraíba (Anoreg).

Para o corregedor-geral de Justiça da Paraíba, desembargador Fred Coutinho, trata-se de um dia histórico. “Estou muito feliz. Hoje é um dia marcante, de entrega de cidadania, concretizada por meio do termo de cooperação. Só temos a agradecer pelo empenho de todos os atores envolvidos nesta ação que beneficia o cidadão rio tintense”, declarou.

O juiz corregedor Ely Jorge Trindade ressaltou que a CGJ mediou os termos do convênio a partir dos diálogos com a Cehap, o cartório e a Anoreg para que a serventia tivesse segurança jurídica em relação aos atos referentes à regulação. “Acima de tudo, é um ato de promoção da cidadania”, destacou.

O trabalho para entrega das primeiras 70 escrituras já foi iniciado, com a coleta das assinaturas pelo cartório, conforme explicou o delegatário titular da serventia, Fábio Rodrigo de Paiva Henriques. “Hoje é um dia simbólico e festivo. As escrituras serão registradas em nome dos beneficiários/donatários. Até a próxima semana, eles terão em mãos a certidão atualizada do imóvel que já ocupam, de fato. E verão solucionada uma questão de direito, que perdura há décadas”, afirmou.

A presidente da Cehap, Emília Correia Lima, explicou que a medida foi viabilizada pela desapropriação feita pelo Estado de 700 imóveis que pertenciam a uma antiga indústria têxtil. “A ação faz parte de um processo histórico. O Governo do Estado desapropriou os imóveis, dando a propriedade às famílias que lá moravam. O Convênio possibilitará o registro no cartório, de forma gratuita. As escrituras chegarão registradas às mãos das famílias”, disse.

O presidente da Anoreg, Carlos Ulysses, também reforçou o apoio da Associação à causa. “O direito à moradia é um princípio da dignidade da pessoa humana. Os notários e registradores do Estado da Paraíba, representados pela Anoreg, são entusiastas de qualquer tipo de regulação fundiária urbana e rural. Parabenizo a todos pela iniciativa”, pontuou.

Por Gabriela Parente