Corregedoria participa da solenidade de entrega de escrituras no Município de Pitimbu

Corregedor faz entrega de título

“Nossa comunidade foi muito humilhada no passado. Tivemos que batalhar pelo básico, como água e luz. Hoje, receber o documento da nossa casa é uma conquista”. Este foi o relato de Gelza Maria de Souza, uma das 31 pessoas contempladas com os títulos de propriedade entregues nessa terça-feira (2), no Município de Pitimbu. Os beneficiados foram moradores da Vila José Maria Ribeiro e da Vila Garoupa.

A Corregedoria Geral de Justiça, enquanto órgão que vem estimulando a expansão da regularização fundiária pelo Estado, acompanhou os passos para implantação da Reurb na localidade e marcou presença na solenidade para entrega das primeiras escrituras.

“Ano passado estivemos aqui para o lançamento do Programa e cá estamos hoje, com alegria, para as primeiras entregas. Este documento é, muitas vezes, o alcance de um sonho”, afirmou o corregedor-geral de Justiça, desembargador Carlos Beltrão.

juiz Antônio Carneiro explica importância da escritura

O juiz corregedor Antônio Carneiro explicou que os títulos de propriedade também representam um título de cidadania. “A escritura é mais do que o documento daquele patrimônio; é também dignidade e respeito. É poder dizer que a casa é de vocês. A Corregedoria vem envidando todos esforços para estimular a Reurb e nada tem nos dado tanta alegria quanto momentos como este”, declarou.

A prefeita Adelma Cristovam iniciou os diálogos com a CGJ sobre regularização fundiária em setembro do ano passado e no dia 3 de outubro assinou o Acordo de Cooperação Técnica para implantação do Programa de Reurb no Município. Durante a entrega, falou sobre a angústia das pessoas que não possuem a escritura de seus imóveis.

“Sei que na ausência do título, existe o medo de perder o teto que cobre a nossa família. Existe a falta de segurança para realizar melhorias no local, a impossibilidade de acessar benefícios, como um empréstimo no banco. Então, como gestora pública, devo isso a vocês. A gente precisa dessa dignidade”, asseverou.

O evento teve a participação do presidente da Associação dos Notários e Registradores da Paraíba (Anoreg-PB), Carlos Ulysses Neto. “Promover a Reurb é promover o direito à moradia digna e a um futuro mais promissor para as próximas gerações. Parabenizo a todos que fizeram parte desse trabalho”, pontuou.

Para o professor Vicente Celestino, presidente da Associação dos Moradores Ponta dos Coqueiros, a Reurb é um alento para quem vive numa situação irregular. “Hoje, está sendo realizado um sonho que nasceu do chão das comunidades”, disse.

Também compuseram a mesa o procurador do Município, José Augusto, o presidente da Comissão da Reurb em Pitumbu, Chico Pinheiro; o vereador Gustavo Menezes, entre outras autoridades municipais.

Por Gabriela Parente

Cidadania: Cerca de 700 famílias de baixa renda do Município de Rio Tinto receberão escritura dos imóveis onde moram

Cerca de 700 famílias de baixa renda do Município de Rio Tinto serão beneficiadas com a regularização fundiária, recebendo as escrituras dos imóveis em que residem, de forma gratuita. A medida está sendo viabilizada por meio do Termo de cooperação assinado nesta sexta-feira (1º) pela Corregedoria Geral de Justiça da Paraíba, Companhia Estadual de Habitação Popular (Cehap), Tabelionato de Notas e de Protesto de Títulos e Ofício de Registro de Imóveis, de Títulos e Documentos e Civis das Pessoas Jurídicas de Rio Tinto e Associação dos Notários e Registradores do Estado da Paraíba (Anoreg).

Para o corregedor-geral de Justiça da Paraíba, desembargador Fred Coutinho, trata-se de um dia histórico. “Estou muito feliz. Hoje é um dia marcante, de entrega de cidadania, concretizada por meio do termo de cooperação. Só temos a agradecer pelo empenho de todos os atores envolvidos nesta ação que beneficia o cidadão rio tintense”, declarou.

O juiz corregedor Ely Jorge Trindade ressaltou que a CGJ mediou os termos do convênio a partir dos diálogos com a Cehap, o cartório e a Anoreg para que a serventia tivesse segurança jurídica em relação aos atos referentes à regulação. “Acima de tudo, é um ato de promoção da cidadania”, destacou.

O trabalho para entrega das primeiras 70 escrituras já foi iniciado, com a coleta das assinaturas pelo cartório, conforme explicou o delegatário titular da serventia, Fábio Rodrigo de Paiva Henriques. “Hoje é um dia simbólico e festivo. As escrituras serão registradas em nome dos beneficiários/donatários. Até a próxima semana, eles terão em mãos a certidão atualizada do imóvel que já ocupam, de fato. E verão solucionada uma questão de direito, que perdura há décadas”, afirmou.

A presidente da Cehap, Emília Correia Lima, explicou que a medida foi viabilizada pela desapropriação feita pelo Estado de 700 imóveis que pertenciam a uma antiga indústria têxtil. “A ação faz parte de um processo histórico. O Governo do Estado desapropriou os imóveis, dando a propriedade às famílias que lá moravam. O Convênio possibilitará o registro no cartório, de forma gratuita. As escrituras chegarão registradas às mãos das famílias”, disse.

O presidente da Anoreg, Carlos Ulysses, também reforçou o apoio da Associação à causa. “O direito à moradia é um princípio da dignidade da pessoa humana. Os notários e registradores do Estado da Paraíba, representados pela Anoreg, são entusiastas de qualquer tipo de regulação fundiária urbana e rural. Parabenizo a todos pela iniciativa”, pontuou.

Por Gabriela Parente