Corregedores visitam Casas de Acolhimento da Comarca de Campina Grande

“Minha casa” foi a resposta de José* quando perguntado sobre o que mais gostava de desenhar. Um desenho de vida que poderia ser mais colorido se o garoto não tivesse sido vítima de cárcere privado junto à mãe. Hoje, ele se encontra assistido em uma das quatro Casas de Acolhimento de Campina Grande, equipamentos visitados por membros da Corregedoria Geral de Justiça do TJPB nesta terça-feira (9).

Assistência à saúde, trabalhos pedagógicos, vestuário e alimentação foram alguns dos aspectos observados pelos corregedores nos locais.

O juiz titular da Infância e Juventude de Campina Grande, Perilo Lucena, acompanhou a inspeção da CGJ e relatou o funcionamento das Casas de Acolhimento (Casa Esperança 1, 2 e 3 e Casa de Passagem), que possuem, hoje, 68 acolhidos.

O magistrado expôs, ainda, as parcerias buscadas pela Vara para implementar melhorias nas Casas, a exemplo da entrega feita, hoje, de chromebooks, adquiridos por meio de doação da empresa Alpargatas.

O juiz corregedor Antônio Silveira Neto, responsável pela correição na área da Infância e Juventude na Comarca, fez uma análise positiva do trabalho realizado. “Identificamos casas bem estruturadas, com equipes completas formadas por psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, enfermeiros, educadores e segurança. Entendemos que, na questão estrutural, Campina Grande está bem servida para realizar um bom acolhimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social”, avaliou.

De acordo com a coordenadora da Casa 3 (que acolhe crianças de 0 a 6 anos), Roseane Sousa de Andrade, a Justiça local oferece um excelente suporte, atuando de forma próxima e articulada. Avaliação semelhante foi feita na Casa I (que acolhe meninos de 7 a 17 anos) pelo coordenador José Ferreira. “Contamos com juízes muito acessíveis e comprometidos. Temos verdadeiros parceiros nesta missão”, declarou.

Com o esforço das equipes atuantes e de uma rede de Infância e Juventude fortalecida, crianças como José* ganham a chance de desenhar novas casas no imaginário. Mais parecidas com um lar.

Também estiveram nas Casas de Acolhimento o corregedor-geral de Justiça da Paraíba, desembargador Fred Coutinho, e os juízes corregedores Aparecida Gadelha, Sivanildo Torres e Meales Melo.

José* = nome fictício

Por Gabriela Parente

Membros da CGJ apontam responsabilidade e cuidado no serviço prestado pela Casa de Acolhimento de Patos

Criança mostra brinquedos à juíza corregedora

Com seis anos de idade, uma falante garotinha recepcionou a equipe da Corregedoria Geral de Justiça da Paraíba, apresentando aos corregedores cada cômodo da casa em que se encontra institucionalizada, aguardando por uma adoção. A menininha mostrou os quartos, os brinquedos, falou sobre a escola e sobre as pessoas que dela cuidam, com amor, no lugar em que está vivendo, em razão de ter sido afastada definitivamente do convívio com os pais biológicos, por decisão judicial. A visita da CGJ à Casa de Acolhimento da Comarca de Patos ocorreu nessa terça-feira (29).

A inspeção teve por objetivo verificar a situação em que as crianças e adolescentes estão sendo acolhidos naquela unidade, conforme explicou o juiz corregedor Fábio Araújo.

“Pudemos observar que a estrutura oferecida é muito boa. A Casa tem um corpo de profissionais especializados e as crianças estão sendo bem atendidas. Os acolhimentos estão se desenvolvendo a contento, com os serviços assistenciais necessários”, avaliou.

Ao acompanhar o trabalho, o juiz Bruno Medrado, da 7ª Vara da Comarca de Patos, com competência em Infância e Juventude, informou que a Casa conta, atualmente, com sete crianças em acolhimento e tem conseguido atendê-las bem, tanto em relação ao espaço físico quanto às demais necessidades que elas demandam. “É muito bom recebermos a visita da Corregedoria para nos auxiliar no que estamos precisando, pois sempre buscamos o aprimoramento”, afirmou.

Corregedor Fred Coutinho e juiz Bruno Medrado

O corregedor-geral de Justiça, desembargador Fred Coutinho, se mostrou satisfeito ao ver o que chamou de compromisso assumido entre a Prefeitura de Patos e o Judiciário local quanto ao serviço prestado às crianças e aos adolescentes que precisam de acolhimento institucional.

Após a inspeção, os corregedores estiveram, ainda, nas duas unidades do Conselho Tutelar de Patos, ocasião em que ouviram pleitos da categoria e averiguaram as condições de funcionamento do órgão.

Por Gabriela Parente