A Comarca de Cajazeiras é parceira do projeto “Liberdade Qualificada”, que, a partir desta terça-feira (10), começou a disponibilizar um curso de crochê para presas provisórias e apenadas em regime fechado. O curso ocorre através da Secretaria Executiva de Políticas Públicas para as Mulheres do Município, com o objetivo de reintegração de 40 detentas da Cadeia Feminina de Albergue de Cajazeiras.
O curso seguirá até dia 25 de julho. Até lá, durante todos os dias, dois instrutores serão os responsáveis por ensinar a prática artesã do crochê. As aulas práticas devem resultar em diversas peças, como panos de prato, sandálias, toalhas de banho e de rosto.
Segundo a magistrada responsável pela Comarca, a juíza Paula Miranda, a ideia do curso surgiu após a verificação de mulheres habilidosas quanto a confecção do crochê dentro da Cadeia. “A diretora foi quem observou e, depois, veio nos procurar para ver o que poderia ser feito. Então entrei em contato com a Secretaria, que agora disponibiliza o projeto”, afirmou.
Para a juíza Paula Miranda, além da ressocialização, outros benefícios podem ser adquiridos. “Esse trabalho, sem dúvida, recupera a auto-estima delas e faz com que ganhem reconhecimento. Com o crochê, após o cumprimento da pena, elas terão um meio de gerar renda”, justificou.
A exposição dos trabalhos será realizada na semana da cidade de Cajazeiras, que ocorre no mês de agosto. As detentas terão um stand para divulgar o trabalho, bem como comercializar as peças feitas.
Gecom – TJPB com Karina Negreiros (estagiária)