Testemunhas da Operação Squadre serão ouvidas nesta terça-feira no Fórum Criminal

11 de março de 2014

Oito testemunhas de uma média de 50 arroladas nessa fase final do processo de réus presos durante Operação Squadre, realizada em novembro de 2012, participam de audiência de instrução e julgamento. A sessão será no auditório do Fórum Criminal da Capital, nesta terça-feira (11), a partir das 14 hs.

As testemunhas atuarão na acusação de apenas 14 dos réus que pertencem ao Grupo 3, após a Justiça decidir pela divisão da denúncia.

Os réus são acusados de vários crimes, a maioria de milícia privada, onde as investigações detectaram a incidência desse tipo de crime nos três grupos. A ação envolveu o Ministério Público Estadual e a Polícia Federal.

A ação conjunta que resultou na prisão de 40 integrantes, sendo 20 policiais militares e civis, teve como objetivo desarticular grupos milicianos acusados de praticar crimes de tráfico e comércio ilegal de armas e munições. Além desses, foram atribuídos, também, ao grupo, crimes de segurança privada armada clandestina, extorsão, corrupção, lavagem de dinheiro e extermínio de pessoas

Desde que a quadrilha foi desarticulada, a Justiça já ouviu aproximadamente 80 testemunhas, sendo 40 do Grupo 1 e 40 do Grupo 2. Na audiência desta terça, começam a ser ouvidos as primeiras testemunhas dos réus do Grupo 3. Entre as autoridades a serem ouvidas, estão o deputado federal Luiz Couto (PT-PB) e o secretário de administração penitenciária, Valber Virgolino.

O juiz-diretor do Fórum Criminal da Capital, Geraldo Porto, disse que a expectativa é de que até o final de abril todo o processo de instrução esteja encerrado. “A cada semana escolheremos um dia para a realização de audiência”, garantiu o magistrado.

O diretor enfatizou ainda que no caso dos réus pertencentes ao Grupo 1, a instrução já foi encerrada e o processo se encontra com o Ministério Público Estadual na fase de alegações finais, enquanto que os réus do Grupo 2, todos já foram sentenciados e o processo se encontrando em grau de recurso.
Por Clélia Toscano/TJPB